sábado, 13 de junho de 2009

Vicky e Cassandra - Capítulo II

Estavam a namorar já fazia 6 meses. As discussões tinham-se tornado mais frequentes, por vezes até por razões inexplicáveis e, os argumentos começavam a escassear.
Cassandra revela-se cada vez mais opressora e parece sentir-se mais confiante sempre que rebaixa a namorada.
Vicky começa a notar que tem de pensar duas vezes antes de falar, que tem de ser muito flexível para ter um dia livre de discussões. A rapariga que outrora se sentira uma pessoa feliz e realizada, começa a sentir necessidade de estar com os amigos. Por um lado, isso parece uma tarefa difícil – fazer Cassandra compreender que Vicky pode encontrar nos amigos algo que não possa encontrar nela. Vicky começa a pensar que deve ser uma rapariga muito difícil e exigente para a sua namorada pois, segundo Cassandra, está sempre a fazer coisas erradas e todas as discussões são culpa dela. Vicky está no auge da sua sensibilidade e sente-se cada vez mais frágil, insegura e sozinha. Cassandra aproveita a fraqueza da companheira para manter a postura dominante da relação até que, numa discussão e na escassez de argumentos, Cassandra agride Vicky, arrependendo-se imediatamente. A agressora, repleta de remorsos e sentimentos de culpa, pede desculpa a Vicky, dizendo que nunca mais volta a acontecer algo assim, e justifica-se afirmando que só o fez uma vez que Vicky consegue levá-la ao extremo dos seus nervos.
Vicky, que infelizmente só consegue encontrar-se com os amigos brevemente, sem cessar a troca de sms com a namorada e, muitas vezes, chegando ao ponto de se encontrar às escondidas, começa evidentemente a ter necessidade de falar com alguém sobre os seus problemas.
Vicky vai falar com uma das suas amigas mais próximas, Ângela, que ouve atenta a sua história. Estupefacta, pergunta-lhe o que é que ela faz numa relação assim, como é que deixou as coisas chegarem a este ponto, e aconselhou-a a acabar com a relação o mais rápido possível, pois gosta demaisiado dela para a ver sofrer nas mãos de alguém que, definitivamente, não a merece.
Vicky diz a Ângela que gosta da Cassandra, que o que aconteceu foi apenas pontual, uma vez sem exemplo, justifica-se dizendo que não é uma pessoa fácil e que deve ter, de facto, irritado Cassandra.

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